“Se alguém não cuida de seus parentes, e especialmente dos de sua própria família, negou a fé e é pior que um descrente.” 1 Timóteo 5:8.
A Bíblia nos relata que filhos são herança do Senhor (Salmos 127:3), entretanto recebemos junto o dever de amar, cuidar, instruir não somente para a vida, mas como servos de Deus.
Traçamos metas para sua vida adulta e oramos pela formação acadêmica, cônjuge, ministério e até pela carreira profissional. Fazemos tudo da maneira que achamos correto baseado em nossos princípios e valores, entretanto, por vezes cometemos erros, ainda que com a intenção de acertar, afinal, filho não vem com manual de instrução.
Mas você já parou para pensar no motivo pelo qual cometemos tantos erros como pais?
Mas você já parou para pensar no motivo pelo qual cometemos tantos erros como pais?
Por que tantos relacionamentos entre pais e filhos estão desgastados ao ponto de viverem dentro de uma mesma casa e não se falarem?
De se agredirem com palavras duras que ferem o mais íntimo de suas almas e às vezes até fisicamente, impactando em sua vida adulta?
Por atuar como Conselheira Tutelar, meu objetivo é refletirmos sob a ótica dos filhos, levando em consideração minha experiência e trazendo luz a uma problemática crescente, onde filhos estão abandonando a vida cristã em decorrência do mau relacionamento com seus pais.
Diante deste fato, pergunto: Como está o diálogo com seu filho?
Em empresas falamos muito sobre relacionamento interpessoal e feedback, mas algum dia você pediu a seus filhos um feedback de como eles te veem como pais? Perguntou sobre como eles se sentem sobre a forma como são tratados? Teve a curiosidade de questionar quais pontos fortes e fracos eles descreveriam a teu respeito? Já conversaram sobre o que eles gostariam que vocês melhorem e como o relacionamento entre vocês poderia ficar mais harmonioso?
Infelizmente, temos uma cultura de opressão, de imposição e é fundamental entendermos a necessidade não somente de um diálogo, mas um relacionamento profundo e sincero entre pais e filhos.
Talvez, você nunca tenha feito estas perguntas, porque nunca olhou por esta ótica, ou talvez nunca perguntou por medo das respostas que poderia receber.
Talvez, você nunca tenha feito estas perguntas, porque nunca olhou por esta ótica, ou talvez nunca perguntou por medo das respostas que poderia receber.
Fato é que apenas vontade de sermos bons pais, não nos torna bons, tem que haver humildade, maturidade e muito amor para reconhecermos nossas imperfeições e repará-las, no entanto, isso só é possível quando nos disponibilizamos a ouvir nossos filhos.
A Bíblia nos ensina que os filhos devem honrar seus pais (Êxodo 20:12), mas não nos esqueçamos que também ensina que os pais não devem causar ira aos filhos, mas educá-los de acordo com a disciplina e o conselho do Senhor (Efésios 6:4).
Por fim, concluo que a preocupação não deveria estar nas perguntas acima, mas nas consequências da falta dessas respostas, pois sem os ajustes necessários, expomos nossos filhos ao risco de cair nas ciladas do inimigo de nossas almas.
Quero te encorajar a fazer reuniões familiares com feedback dos filhos e, sem tentar justificativas, ouçam com amor modificando o que for possível. Deus agirá nessa comunhão e sua família estará mais estruturada fechando brechas e evitando destruição.
Que Deus abençoe sua família pois ela é projeto de Deus.
“Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa” Atos 16:31.
ANA CARLA RAMOS DE SÁ EVANGELISTA
Saiba mais sobre a autora @anacarlaramosdesa
Comments